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"É mau”: filas com centenas de migrantes à porta da AIMA mantêm-se

O Governo garante que já resolveu metade dos 440 mil pedidos de regularização que estavam pendentes, mas os imigrantes continuam a acumular-se à porta da agência responsável pelas migrações.

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Há centenas de imigrantes que não conseguem regularizar a situação no país. Apesar de o Governo garantir que metade dos mais de 400 mil processos pendentes já foram resolvidos, à porta da Agência para as Migrações e Asilo (AIMA) mantêm-se as filas. Os migrantes chegam de madrugada para tentar garantir atendimento. 

Manish veio da India há dois anos, com expectativa de encontrar uma vida melhor. Logo nos primeiros tempos, percebeu que seria difícil. Em termos de “salário”, afirma, “é mau”. 

Arranjou trabalho quase imediatamente, mas apesar de cumprir os requisitos para a regularização do processo, ainda não conseguiu. 

“Para a residência, mesmo quando se tem trabalho, não devia demorar tanto tempo”, aponta. “Estamos a cumprir todos os requisitos. Se conseguem dar-nos trabalho, também devem conseguir dar-nos residência. Não devia haver problema.” 

Mas o problema estende-se à maioriados imigrantes, que, várias vezes, perdem dias de trabalho à procura de soluções. 

Há quase um ano que os centros de missão da AIMA foram montados para acelerar processos pendentes. Dos 440 mil pedidos de residência decorrentes das manifestações de interesse - que foram extintas em 2024 -, a maior parte já passou pelo crivo dos funcionários. 

Estão a ser criadas novas regras para a imigração, como a imposição de um contrato de trabalho para entrar em Portugal. 

Para já, com novas eleições legislativas à porta,centenas de imigrantes continuam em suspenso, a aguardarpor certezas que só devem chegar depois de maio.