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Alerta burla: novo esquema envolve Whatsapp, Telegram e o site Booking

A Polícia Judiciária está a investigar um alegado novo esquema que envolve as plataformas Telegram e Whatsapp. Os utilizadores destas aplicações são aliciados com falsas propostas de trabalho para o site de reservas Booking. Há já quem tenha sido burlado em milhares de euros.

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No Portal da Queixa foram registadas 17 reclamações só este ano, mas denúncias como esta já começaram em 2024 e ultrapassam as 50. Em causa estão falsas propostas de emprego para a plataforma de reservas Booking.

João Freire, uma das vítimas deste novo esquema de burla, explicou à SIC como funciona: "Era creditado o valor de um euro por cada gosto. (...) depois há uma prova que já não é de gostos mas que é de investimento".

O esquema começa nos grupos de conversas nas aplicações Whatsapp e Telegram., onde prometem remunerar simples tarefas através de um sistema de reembolso e que implicava primeiro a transferência de pequenos montantes.

"Estes primeiros montantes têm exatamente esse intuito de convencer e criar algum conforto na vítima e são transferidos, ou seja, as vítimas recebem estes primeiros montantes. Mas depois criando essa confiança começa a ser solicitados valores de investimentos mais altos, estamos a falar [por exemplo] de quase um milhar de euros", esclarece Pedro Lourenço, do Portal da Queixa.

Mas os pedidos continuavam até atingirem valores avultados. Era aí que se instalava a dúvida: "Há várias empresas que fazem isso. Um euro achei bom de mais mas o que é certo é que no primeiro e segundo dia cumpriam, depois deixaram de cumprir", partilha João Freire.

"Infelizmente estamos a falar de grupo organizados situados nos países asiáticos, ou seja, de grande dificuldade para a investigação criminal, o que na realidade acaba por demonstrar que dificilmente as vítimas vão conseguir recuperar qualquer montante", avisa Pedro Lourenço.

Mais de 30% (36%) das reclamações apresentadas no Portal da Queixa estão relacionadas com burlas, um número que tem crescido. Apesar de não fazer o reporte às autoridades, a plataforma promove a partilha de informação.

Contactada pela SIC, a Polícia Judiciária confirma que recebeu queixas no último mês e que já abriu uma investigação.