Lourdes Silva trabalha noites inteiras a fazer e cozer o famoso folar de Vale de Ílhavo. A semana da Páscoa representa o auge das encomendas.
“É muito trabalho, são muitas horas sem dormir. Há muitos dias em que nem vamos à cama”, conta à SIC.
O folar é todo feito à mão, à exceção da parte de amassar a massa.
“É tudo fornos de lenha, a única máquina que nós aqui usamos é a amassadeira, porque humanamente era impossível amassarmos este pão todo.”
Quem o faz diz que não há folar igual. E a sugestão é comer com “queijo e um bocadinho de manteiga”.
Este folar tradicional da Páscoa tem no topo uma coroa de ovos cozidos com casca, em casca de cebola.
Vale de Ílhavo chegou a ter largas dezenas de padeiras em atividade. Atualmente são apenas seis e, graças a elas, o delicioso folar continua a ir para as mesas de muitas famílias mantendo este aspeto e o sabor artesanal que perdura há várias gerações.