Em apenas três anos os crimes sexuais contra menores aumentaram quase 50% e, em quase 40% dos casos, os agressores são o pai ou a mãe.
Por mês, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima ajudou mais de 250 crianças e jovens. A maioria do sexo feminino com idades entre os 11 e os 17 anos.
Os números mostram que, entre 2022 e 2024, os pedidos de ajuda aumentaram, assim como a violência sexual.
"A dimensão da criminalidade sexual continua a ser significativa, é uma dimensão que nos envergonha. Trimestralmente, confrontamo-nos com mais de cinco centenas de novas vítimas crianças e jovens", alerta Carlos Farinha, diretor nacional adjunto da PJ em declarações à SIC.
Além das partilhas online, continua a haver uma preponderância da violência sexual no contexto familiar - 38,3% dos agressores eram pais ou mães das vítimas.
Nos últimos três anos, os crimes sexuais contra menores aumentaram 46%. Foram reportados 5.100, um número que continua sem traduzir a realidade.
O conselho é sempre para denunciar para depois ser prestado o apoio necessário. Em média, por ano, são registadas mais de 77 violações a menores.
Caso chocou o país
Há poucas semanas, foi conhecido mais um caso que chocou o país: uma jovem de 16 anos foi violada por três rapazes em Loures.
O vídeo partilhado nas redes sociais somou 32 mil visualizações e nenhuma das pessoas que o viu reportou o caso às autoridades.