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Urgências voltam a ter constrangimentos e há doentes urgentes a esperarem 12 horas

Os doentes urgentes, com pulseira amarela, chegaram a esperar 12 horas no Hospital Amadora-Sintra, esta madrugada. Durante a manhã, a espera era superior a nove horas. A região de Lisboa é a mais afetada. Na Páscoa, o cenário deverá piorar.

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Os tempos de espera nos hospitais da região de Lisboa voltaram a ser mais elevados. É o caso do Hospital Amadora Sintra que, durante esta madrugada, para os doentes urgentes chegou a ser de 12 horas. Esperam-se mais constrangimentos para o fim de semana da Páscoa, quando vários serviços de urgência voltam a encerrar.

Às primeiras horas da manhã, um doente urgente, a quem tinha sido atribuído a pulseira amarela, podia ter de esperar 12 horas no Hospital Doutor Fernando da Fonseca. Por volta das 11:00, o tempo de espera no Amadora-Sintra, que serve mais de meio milhão de utentes, tinha diminuído para as nove horas e meia.

No Hospital Beatriz Ângelo, em Loures um doente urgente, à mesma hora, tinha uma espera de sete horas para ser visto por um médico.

Mais a sul, o tempo médio de espera para atendimento no Hospital Garcia de Orta, em Almada, ultrapassava as duas horas e meia, assim como no Hospital de Portimão.

O protocolo usado em Portugal, conhecida como a Triagem de Manchester, refere que um doente urgente com pulseira amarela não deve esperar mais de uma hora.

O bastonário da Ordem dos Médicos diz que todos os anos há falta de médicos na Páscoa e garante que este ano foram feitos vários avisos para minimizar o problema.

Os constrangimentos nas urgências deverão piorar no fim de semana da Páscoa, com 19 serviços de urgência encerrados: 8 no sábado, 11 no domingo. Todos de ginecologia/obstetrícia e pediatria. A região Lisboa e Vale do Tejo volta a ser a mais afetada.

No portal do Serviço Nacional de Saúde, a tutela aconselha ligar a linha SNS antes de qualquer deslocação a uma urgência.