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Governo quer aliviar restrições à rega no Litoral Alentejano, mas entidades locais não estão de acordo

O Governo admitiu aliviar as restrições à rega no Litoral Alentejano, após as chuvas, mas a decisão está a causar discórdia. O movimento civil "Juntos pelo Sudoeste" considera que as novas medidas em vigor são precipitadas e acusa o Ministério da Agricultura de agir em favor das grandes explorações agrícolas, sem ouvir a população.

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A decisão foi conhecida na passada segunda-feira, através de um despacho assinado pelo atual ministro da Agricultura. Com a barragem de Santa Clara a 59%, o Governo acredita que existem condições para mudar as regras. Só que, no terreno, a opinião é outra.

Este ano, segundo o documento, os proprietários de culturas alimentares anuais — como é o caso do milho e da batata — vão poder cultivar até cinco hectares a mais do que em 2024.

O mesmo se aplica às pastagens, às forragens e às culturas alimentares permanentes, que incluem os pequenos frutos, desde que as novas áreas a regar não ultrapassem os 5%. Um aliviar de restrições que o movimento civil "Juntos pelo Sudoeste" considera prematuro e desajustado.

O movimento pediu uma reunião com o Ministério da Agricultura e Pescas, mas ainda não obteve resposta.

A Câmara Municipal de Odemira também já se manifestou preocupada com o tema e adiantou, em declarações à Lusa, que vai questionar o Governo sobre o impacto destas medidas no território.