País

Ventura culpa Moedas por desacatos entre extrema-direita e polícia no 25 de Abril

O líder do Chega acusa a Câmara de Lisboa de, "por pressão pública, sobretudo da esquerda política, proibir" as concentrações de movimentos de extrema-direita no Martim Moniz, algo que considera ter contribuído para os confrontos registados.

Loading...

André Ventura acusa o Governo de ser "incompetente" e "ausente" na área da Saúde, acrescentando que vai chamar a ministra, Ana Paula Martins, ao Parlamento para pedir esclarecimentos. Na conferência de imprensa deste sábado, o líder do Chega culpa Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa, pelos confrontos da extrema-direita com a polícia durante os festejos do 25 de Abril.   

"Num dia em que as urgências estão fechadas" e em que "os hospitais não estão a atender como deviam", "onde anda a ministra da Saúde?", questiona Ventura durante a conferência de imprensa deste sábado. 

O líder do Chega vai mais longe e diz mesmo que Ana Paula Martins deveria dar explicações aos portugueses e garantir que “nos próximos dias vamos ter uma Saúde mais aceitável para todos.” 

“Não sabemos o que pensa a ministra da Saúde e não sabemos como vão resolver o problema. Isto é o drama verdadeiro de um Governo incompetente e ausente. E é isso que temos de apontar num dia como o de hoje. É um Governo incompetente porque não tratou de, num ano, fazer o que António Costa não fez”, acusa. 

André Ventura anuncia ainda que, “ainda esta semana”, procurará chamar, com caráter de urgência, a ministra da Saúde ao Parlamento. 

Ventura culpa Moedas por desacatos no 25 de Abril

O líder partidário acusa também Carlos Moedas, autarca lisboeta, de condicionar “todas as manifestações que não são do espectro”, referindo-se aos ajuntamentos que tiveram lugar em Lisboa durante os festejos do 25 de Abril. 

“Ontem [na sexta-feira], a Câmara de Lisboa proibiu uma manifestação. O que devia era ter garantido que as manifestações ocorriam as duas em segurança, com condições nos seus trajetos ou na sua localização, e em articulação plena com as autoridades policiais. Optou por pressão pública, sobretudo da esquerda política, em proibir. E a proibição, num dia de liberdade, parece ou assemelha-se a censura”, nota. 

Ventura reitera que a responsabilidade dos desacatos registados na Avenida 25 de Abril, em Lisboa, foi inteiramente de Moedas, “que permitiu que aquele caos se desorganizasse, obrigando as forças policiais a uma intervenção que de outra forma não teriam tido”. 

“A Câmara de Lisboa sabia que havia uma ou várias concentrações. Optou, por pressão da esquerda, de as proibir e expôs todos, expôs todos, manifestantes, jornalistas e polícias a um risco absolutamente desnecessário”, sublinha. 

Mário Machado entre os detidos

Dois polícias ficaram feridos, na sexta-feira, nos confrontos da extrema-direita com a polícia e, mais tarde, com manifestantes antifascistas. Três pessoas foram detidas, incluindo o ex-juiz Rui Fonseca e Castro e Mário Machado, e outras quatro foram identificadas, anunciou a PSP ao final da tarde.