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Apagão em Portugal e Espanha foi o "mais severo" dos últimos 20 anos na Europa

Com o serviço de energia restabelecido na totalidade, assim como o de abastecimento de água - que afetou algumas localidades -, é agora o tempo de balanços, avaliações e críticas. Governo e Proteção Civil estão a ser alvo de contestação pelo "falhanço" e "demora" na reação. Para já, e sem uma explicação oficial para o que deixou Portugal e Espanha às escuras, Luís Montenegro anunciou que vai pedir uma auditoria europeia e avaliar "falhas no SIRESP".

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Três maiores operadoras com problemas resolvidos, mas mais pequenas continuam com dificuldades

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O apagão generalizado deixou milhões de pessoas sem comunicações durante várias horas. Um dia depois, as operadoras garantem que os problemas estão praticamente todos resolvidos e os que não estão ficam em breve.

"Muita gente, muito pouca informação": sistema ferroviário continua com perturbações em Espanha

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Depois do apagão de segunda-feira, Espanha tenta voltar à normalidade. No entanto, nos transportes a reativação não tem sido igual em todas as regiões.

Apagão em Reguengos de Monsaraz obrigou farmácias a transportar medicamentos para frigoríficos de supermercado

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Durante o apagão, o Centro de Saúde e as farmácias de Reguengos de Monsaraz não conseguiram assegurar a refrigeração de vacinas e medicamentos sensíveis ao calor. A Proteção Civil Municipal transportou os fármacos para um supermercado da cidade, onde foram colocados em frigoríficos.

Investigação ao apagão pedida por Montenegro e Sánchez é obrigatória

Os chefes de governo anunciaram que iriam pedir à Comissão Europeia uma avaliação independente do que esteve na origem do apagão que atingiu a Península Ibérica. Mas este é um mecanismo obrigatório, sempre que há incidentes graves que envolvem Estados-membros.

Apagão: indemnizações em Espanha podem chegar a 300 milhões de euros, em Portugal será menos

Quem teve perdas por causa do corte de energia poderá ser compensado pelas seguradoras. Mas se, no país vizinho, o valor da compensação pode aspirar a centenas de milhões, em Portugal será menor.

Apagão foi o "mais severo" dos últimos 20 anos na Europa

Cruz Vermelha Portuguesa garante abrigo temporário no aeroporto de Lisboa

Apagão em Portugal e Espanha foi o "mais severo" dos últimos 20 anos na Europa

Lusa

Cruz Vermelha portuguesa
Cruz Vermelha portuguesa
Reprodução/ Facebook Cruz Vermelha

A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) está a garantir desde segunda-feira abrigo temporário a passageiros no aeroporto de Lisboa, depois de o apagão ter obrigado ao cancelamento ou ao atraso de voos.

"A estrutura mantém-se no aeroporto, está a ser gerida diretamente pela ANA Aeroportos e o objetivo é manter-se até haver uma regularização da situação a nível das pessoas que ficaram retidas no aeroporto. (...) Será pelo menos até ao dia de amanhã [quarta-feira]", disse hoje à Lusa o coordenador nacional de emergência da CVP.

Gonçalo Órfão explicou que 200 camas foram montadas numa zona adjacente ao Terminal 1, em articulação com o Serviço Municipal de Proteção Civil de Lisboa e o Serviço do Comando Regional de Proteção Civil de Lisboa e Vale do Tejo.

"Mobilizámos inicialmente 400 camas, foi o pedido inicial, mas depois na prática foram montadas 200 camas, foram necessidades evidenciadas, com o recurso a 18 operacionais e três viaturas, que deram apoio a montar esta estrutura", salientou.

Questionado sobre quantas pessoas pernoitaram na estrutura da CVP na noite passada, o responsável observou que "todo fluxo aeroportuário é dinâmico" e que, por isso, não há números exatos, mas que "passaram centenas de pessoas".

"O objetivo foi criar um espaço de repouso adicional para as pessoas que tiveram de pernoitar no aeroporto", vincou.

Numa publicação na rede social Instagram, a CVP indicou que garantiu "conforto e abrigo temporário a cerca de 540 pessoas".

O coordenador nacional de emergência da CVP disse ainda que, durante o dia, "não houve nenhuma solicitação de apoio, quer de socorrismo de emergência, quer de uma intervenção de problemas de socorros psicológicos" no aeroporto Humberto Delgado.

Ao início da tarde, a ANA avançou que a operação nos aeroportos nacionais estava esta terça-feira a decorrer com normalidade, embora estivessem a persistir alguns impactos relacionados com os voos cancelados ou atrasados de segunda-feira, devido ao apagão, e afluência elevada para entrega de bagagens.

A ANA deu conta de uma elevada afluência nos balcões das companhias aéreas, para reagendamento de voos cancelados e de serviços de assistência em terra ('handling'), para entrega de bagagens.

Centenas de passageiros aguardavam esta manhã a entrega das respetivas bagagens que na segunda-feira não foram imediatamente desembarcadas no momento das chegadas devido ao apagão, constatou a Lusa no local.

Além do aeroporto de Lisboa, também foi ativada uma zona de emergência na delegação da CVP de Arco de Baúlhe, em Cabeceiras de Basto, no distrito de Braga, com capacidade de oxigenoterapia para pessoas "com necessidades de tratamentos específicos", tendo conseguido "resolver localmente" os casos.

Governo vai ao Parlamento na quarta-feira para debater abastecimento energético

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Não se sabe ainda quais os membros do Governo que vão marcar presença no debate, proposto pelo PCP. Os partidos estiveram, esta terça-feira, reunidos com o Executivo, na Assembleia da República, a propósito do apagão que atingiu a Península Ibérica.