País

Em dia de apagão a Rádio foi a voz para muitos portugueses

Muitos foram os que recorreram à rádio para conseguir estar informados ao longo do dia.

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Não era o melhor dia para gastar dados móveis, perder a bateria do telemóvel e ficar sem contacto e até por isso, a melhor imagem sobre os efeitos do apagão chegava pela voz da Rádio.

José Barroco é taxista há 50 anos e percebeu como todos que a vida tinha ido para intervalo. A rádio ligava-o à perplexidade de um dia sem energia elétrica e aumentava a tensão.

“Por vezes acalmava, mas tinha outros momentos que até pensava o pior daquilo que aconteceu. Eu sempre pensei que a luz não viesse tão rápido”, diz José Barroco, taxista

Em cada viagem dava de caras com o açambarcamento de combustível e com a notícia de que um dos geradores do hospital da Guarda não arrancava. Parar como na pandemia era o pior que podia acontecer. Afinal o pesadelo acabou mais cedo do que se pensava.

Na Guarda, a luz regressou parcialmente às 18:00 e às 22:30 da meia da noite já se via televisão depois de uma tarde sem geradores no pequeno comércio. E outra vez a Rádio ocupou o lugar que lhe cabe. Ainda às escuras sobre a origem do apagão, o dia acordou de um susto de má memória.