Nesta altura não é atrativo para os especialistas fixarem-se no SNS. Por isso, procuram alternativas, o que tem obrigado ao encerramento de urgências de obstetrícia e pediatria, na perspetiva dos sindicatos.
"Nunca se assistiu a estes encerramentos de uma forma tão constante. Ninguém aguenta estar a fazer duas ou três vezes jornadas de urgência de 24 horas por semana", alertou a presidente do FNAM, Joana Bordalo e Sá.
"Desde 2012 até 2024 não houve qualquer aumento salarial dos médicos. Houve um acumular da degradação ao longo de vários anos", salientou o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos, Nuno Rodrigues.
Desinvestimento que, segundo os sindicatos, se tem repercutido nos índices de qualidade.
Apesar de, atualmente, "existir mais especialistas, eles não estão no SNS", destacou Nuno Rodrigues.
Enquanto os mais velhos reformam-se, os mais novos procuram além de melhores salários e perspetivas de carreira, mais equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.