Empurrões, cotoveladas ou mais um jeitinho, para caberem todos, não bastaram. Alguns nem tentaram, outros acabaram por desistir.
Dezenas de comboios foram suprimidos, na manhã desta terça-feira. Os poucos, cerca de 20, que pararam na estação de Agualva-Cacém, Linha de Sintra, asseguravam os serviços mínimos. Insuficientes para os muitos passageiros, em espera há várias horas.
A greve foi parcial, entre as cinco e as oito da manhã. Pararam trabalhadores das bilheteiras e revisores da CP. Uma paralisação que termina nesta quarta-feira, 14, mas já começou no passado dia 7.
Há 11 anos que não havia tantos atrasos
Às greves esporádicas, somam-se os atrasos frequentes.
Há mais de 10 anos que não havia tantos atrasos nos comboios da CP, segundo dados de um relatório da Infraestruturas de Portugal (IP), revelado pelo Jornal de Notícias. Só no ano passado, houve incumprimento de horários em mais de 21% das composições.
O relatório mais recente da Infraestruturas de Portugal aponta as obras em vários troços e as greves de trabalhadores da empresa como explicações para o mau desempenho do serviço ferroviário nos últimos anos.