Lisboa é um dos piores centros urbanos europeus para a mobilidade urbana infantil, segundo um estudo divulgado pela associação Zero, que analisou as melhores práticas nesta área em 36 cidades da Europa.
A divulgação do estudo ocorre no mesmo dia em que associação ambientalista lança uma campanha de sensibilização designada por "Ruas para a Criançada", no sentido de alertar para a necessidade de a cidade de Lisboa "melhorar" a sua posição.
A capital portuguesa ficou na 35.ª posição de um 'ranking' de 36 cidades europeias avaliadas pelos "esforços em dar prioridade às crianças nas suas decisões de mobilidade urbana", segundo é referido nas conclusões do relatório divulgado pela associação ambientalista Zero.
A elaboração do 'ranking' teve como "indicadores-chave" a adoção de ruas escolares, que limitam o tráfego motorizado, a extensão dos limites de velocidade seguros (30 km/h ou menos) e a disponibilidade de infraestruturas cicláveis protegidas.
Em termos globais, a capital francesa foi a que apresentou melhor desempenho, com resultados "consistentes" nos três indicadores analisados.
33.º lugar no ranking de ruas escolares e 31.º em infraestruturas cicláveis protegidas
Este título destaca as posições específicas de Lisboa nos dois indicadores mencionados, proporcionando uma visão clara e objetiva da situação atual.
No que diz respeito a ruas escolares (artérias junto a escolas primárias onde é dada prioridade aos peões e ciclistas, sendo o tráfego motorizado limitado), Lisboa, que não tem nenhuma rua deste caráter, ocupa o 33.º lugar do 'ranking'.
Já no indicador das infraestruturas cicláveis protegidas, Lisboa ocupa o 31.º lugar de uma lista novamente liderada por Paris. A cidade portuguesa tem uma cobertura de 7% destas infraestruturas, enquanto Paris tem 48%.
A avaliação das 36 cidades foi feita a nível nacional por várias associações, junto de administrações municipais e outros organismos públicos.
No caso de Lisboa tratou-se de uma ação coordenada pela Zero, em colaboração com a Kidical Mass, Ecomood e Lisboa Possível.