Seis meses depois e mais de 53 mil euros investidos, o ministro da Educação admite que ainda não há conclusões. No fim do primeiro período do ano letivo passado, Fernando Alexandre deu dados errados sobre o número de alunos que não tinham professor.
Na altura, disse que havia 2.238 alunos que ainda não tinham tido aulas a pelo menos uma disciplina, menos 89% do que no ano letivo anterior, um número muito perto do objetivo a que o Governo se tinha proposto. Contudo, dias depois, afirmou que o número não era fiável.
"Em todos os números que eu falei a semana passada, estamos a falar de um número do ano passado. Não tenho de pedir desculpa por um dado que vem do Governo anterior, de um sistema que foi montado pelo Governo anterior e que me foi dado. O que nós precisamos é de esclarecer isto", afirmou.
E assim foi. Perante o embaraço, o ministro da Educação apressou-se a encomendar uma auditoria à KPMG, cujos resultados deveriam ter sido anunciados em março.
Relatório ainda inexistente após vários adiamentos
O prazo foi adiado para abril, depois para maio e, agora, a meio do prometido mês, o ministro confirma que o relatório ainda não está finalizado porque foram submetidas questões.
Em comunicado, o Ministério explica que, depois disso, será entregue uma segunda parte do relatório de auditoria, onde deverão constar recomendações com vista à melhoria do sistema de apuramento do número de alunos sem aulas.