Na quinta-feira, o jornal Expresso avançou que José Luís Carneiro será candidato único à liderança do PS, mas esta noite, na SIC Notícias, Miguel Prata Roque não quis esclarecer se a hipótese de entrar na corrida está ou não, ainda, em cima da mesa.
Sem querer desfazer as dúvidas, ouviu duras críticas de Ascenso Simões, que afirmou que Miguel Prata Roque não tem “bases nem apoios suficientes” para se afirmar como candidato.
“Lamento, sendo uma personalidade importante, que esteja a ser uma espécie de Daniel Adrião dos tempos passados. É alguém que se afirma pelos comentários nas televisões, e as televisões não servem para fazer líderes políticos”, disparou.
Em alternativa, Ascenso Simões defendeu que a melhor solução seria Carlos César assumir a liderança de forma temporária, até à realização de um processo eleitoral interno.
Em resposta, Prata Roque sublinhou a sua experiência profissional e afastou-se da imagem de comentador: “Sou advogado, professor universitário e exerci funções públicas. Não sou um comentador”.
Ascenso Simões foi ainda duro nas críticas a Fernando Araújo, que anunciou que não pretende assumir o mandato de deputado no Parlamento.
“As pessoas quando aceitam ir para a lista é para serem candidatos a deputados, não a ministros. Não podemos permitir uma coisa dessas”, sublinhou Ascenso Simões.
Sobre as autárquicas, ambos concordaram que servirá para perceber o grau de distância entre o PS e os portugueses.
“Se perdermos na mesma medida que nas legislativas, teremos de fazer uma reflexão profunda e reformular a nossa estratégia”, acrescentou Prata Roque.