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Pedro Nuno Santos já não é secretário-geral do PS: "Termino aqui o meu percurso"

Aos jornalistas, Pedro Nuno Santos revelou que tomará uma decisão nas próximas semanas sobre o seu lugar na Assembleia da República.

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Pedro Nuno Santos já não é o secretário-geral do PS, segundo confirmou o mesmo este sábado, à saída da Comissão Nacional do partido, reunida em Lisboa.

"Termino aqui um percurso de muitos anos de dedicação ao PS e ao país. Fui tudo o que havia para ser na Juventude Socialista. Fui tudo o que havia para ser no Partido Socialista (...) Foram anos de dedicação ao meu país a tentar fazer o melhor que sabia."

Pedro Nuno Santos esclareceu que ainda não decidiu sobre o seu lugar na Assembleia da República, garantindo que esta é uma decisão que tomará "nas próximas semanas": "Mas com certeza tenho muita coisa para fazer, do ponto de vista pessoal e profissional, e é isso que farei". Ainda assim, prometeu continua a fazer intervenção política.

Sobre a marcação das eleições internas, que deverão acontecer a 27 e 28 de junho, afirmou que lhe "parece bem" que o PS não esteja tantos meses sem secretário-geral.

Aos jornalistas, garantiu que não está arrependido de ter chumbado a moção de confiança, que ditou a queda do Governo, rejeitando ter agido de forma “calculista”.

Para o líder demissionário do PS, "numa democracia avançada e qualificada, o atual primeiro-ministro não era primeiro-ministro".

"Não tem as condições éticas mínimas para liderar um governo. Eu achava isso na altura em que se votou a moção de confiança, acho isso hoje e dificilmente não acharei no futuro porque aquilo que nós já sabemos é suficiente para que alguém com o passado de Luís Montenegro não seja primeiro-ministro", insistiu.

O presidente do PS, Carlos César, propõe que as eleições para secretário-geral socialista sejam a 27 e 28 de junho e o congresso para depois das autárquicas.