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XXV Governo: primeiro-ministro e (seus) 16 ministros tomam posse no Palácio da Ajuda

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deu esta quinta-feira posse ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, e aos ministros do XXV Governo Constitucional, numa cerimónia no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, onde a (grande) ausente foi a ex-ministra da Cultura. Acompanhe a cerimónia, em direto e ao minuto, com a SIC Notícias.

Todo o direto

Luís Montenegro declara "guerra à burocracia" e defende que a "estabilidade política é uma tarefa de todos"

O Primeiro-Ministro Luís Montenegro (L), junto ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, discursa durante a cerimónia de tomada de posse do XXV Governo Constitucional, realizada no Palácio da Ajuda, em Lisboa, Portugal, 05 de junho de 2025.
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Luís Montenegro tomou posse como primeiro-ministro do XXV Governo Constitucional. No seu discurso, assumiu o compromisso de (voltar) a servir Portugal, declarou “guerra à burocracia” e prometeu reduzir impostos, melhorar salários e reforçar o controlo da imigração. Anunciou ainda a antecipação do objetivo de atingir 2% do PIB em investimento na Defesa, possivelmente ainda este ano.

Reforma do Estado: a missão, o impacto e os desafios da nova pasta do Governo

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Com experiência como secretário de Estado e consultor da Presidência da República, Gonçalo Matias enfrentará o desafio de modernizar os serviços públicos e combater a burocracia em várias áreas do Estado, incluindo a Administração Pública, Saúde, Justiça e Apoios Sociais.

Veja na íntegra o discurso do Presidente da República

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No discurso que fez na cerimónia de posse do novo Governo, Marcelo Rebelo de Sousa tirou lições sobre os resultados das últimas eleições. Afirmou que a vitória de Luís Montenegro é "personalizada" e avisou o primeiro-ministro de que o país chegou ao "fim de um ciclo".

Portugal vai antecipar investimento de 2% em defesa "se possível" para este ano

XXV Governo: primeiro-ministro e (seus) 16 ministros tomam posse no Palácio da Ajuda

Lusa

Portugal vai antecipar o objetivo de atingir o investimento de 2% do PIB em Defesa "se possível já este ano", sem pôr em causa as contas certas ou funções sociais. Luís Montenegro afirmou que este plano será ultimado "nos próximos dias" e desenvolvido "nos próximos anos", assegurando que dele dará "conhecimento prévio aos dois maiores partidos da oposição", numa referência ao Chega e ao PS: "Nesse contexto, apresentarei na próxima cimeira da NATO a antecipação do objetivo de alcançarmos 2% do PIB nos encargos desta área, se possível já este ano de 2025", anunciou. E acrescentou: "Um plano realista que não porá em causa as funções sociais e o equilíbrio orçamental", afirmou.

Luís Montenegro deixa garantia aos portugueses: "A reforma do Estado é para fazer"

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Lusa

O primeiro-ministro disse que a mudança que irá ser feita "não é contra ninguém", mas antecipou que "não faltarão vozes a manifestar dúvidas e temores perante a simplificação e digitalização de processos, a utilização de inteligência artificial e a diminuição de mecanismos complexos de controlo prévio": "Mas aviso já que não confundimos a responsabilidade de ouvir e ponderar com hesitação em agir. A reforma do Estado é para fazer", sublinhou.

Luís Montenegro reitera "firme e leal cooperação institucional e colaboração produtiva"

XXV Governo: primeiro-ministro e (seus) 16 ministros tomam posse no Palácio da Ajuda

Lusa

Após o discurso de Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro reiterou perante o Presidente da República, a "firme e leal cooperação institucional e colaboração produtiva": "Quero expressar-lhe o nosso reconhecimento pela forma impecável com que temos vindo a cooperar na defesa do interesse nacional, do prestígio das instituições e da coesão social do nosso país", disse.

Luís Montenegro declara "guerra à burocracia"

XXV Governo: primeiro-ministro e (seus) 16 ministros tomam posse no Palácio da Ajuda

Mariana Jerónimo

Na tomada de posse do XXV Governo Constitucional, Luís Montenegro promete combater o excesso de burocracia que tem dificultado a vida dos portugueses e atrasado o desenvolvimento do país: "Declaro hoje guerra à burocracia, à falta de capacidade de articulação entre organismos públicos, à demora na resposta às solicitações das pessoas, das instituições e das empresas, ao excesso de regulamentação e à cultura de quintal de muitas entidades, funcionários e dirigentes", afirmou. Promete assim reduzir impostos, melhorar salários e reforçar controlo migratório e a nível de segurança: "Portugal é um país seguro, mas vale ouro para todos nós preservar Portugal como um dos países mais seguros do mundo e Europa."

Luís Montenegro: "A estabilidade política é uma tarefa de todos"

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Mariana Jerónimo

O primeiro-ministro assume o compromisso de continuar a servir Portugal e reforça que o país precisa de pessoas que queiram contribuir para a sua construção — e não de quem apenas o quer destruir: "Todos assumiram salvaguardá-la para cumprir a vontade democrática e para responder aos anseios dos portugueses. A todos se exige lealdade, diálogo, maturidade e espírito construtivo. O país precisa de quem quer construir e não de quem só pensa em destruir", avisou. Citando Agustina Bessa-Luís, Montenegro frisou que "o país não precisa de quem diga o que está errado; precisa de quem saiba o que está certo".

Marcelo avisa Montenegro: "Portugal mudou, agora a meta é mais ambiciosa"

O Presidente faz, de seguida, uma viagem sobre a história política recente do país. Lembra a "geringonça", o aparecimento de movimentos inorgânicos - que aponta como sintomas da crise no sistema - e a fragmentação da direita. Fala de um salto da imigração após a pandemia, da explosão do turismo residencial, de como dispararam os preços na habitação e como a administração pública e a justiça ficaram descompensada. Tudo isto, afirma, enquanto crescia o "medo, incompreensão e rejeição" em relação aos que entravam no país e os fundos europeus demoravam "teimosamente" a chegar às pessoas.

"Tudo tão depressa, tão inesperadamente, que mudara o Portugal dos anos 80, 90 e do século XXI. E mudava agora os seus hábitos de vida".

Num recado final para Luís Montenegro, Marcelo Rebelo de Sousa avisa-o de que "Portugal mudou".

O Presidente da República constata que o primeiro-ministro "tentou fazer o seu melhor" para ir ao encontro do "mais urgente" por resolver, enquanto mantinha as contas certas. Mas agora, alerta-o, a meta "é bem mais ambiciosa".

"Tem de ir à raiz estrutural do que precisa de se ajustar a um novo Portugal", diz-lhe. Isto passa por, segundo Marcelo Rebelo de Sousa, aplicar apoios europeus, fomentar investimento e exportações, aumentar o poder de compra, não esquecendo os mais pobres e excluídos, mudar orgânicas encravadas (na Saúde, Habitação e Educação), enfrentar a guerra (com mais despesas em Defesa e o dever de manter apoio constante à Ucrânia, além do sobressalto humanitário e político quanto ao Médio Oriente).

Classificando o primeiro-ministro como "determinado" e "persistente", Marcelo Rebelo de Sousa garante-lhe que conta com a "solidariedade" do Presidente da República "até ao fim do mandato". Assim como de "abertura parlamentar para o diálogo" e de um Presidente da Assembleia da República "amplamente legitimado". Mas, sobretudo, com "a expectativa do povo".

"Não há tempo nem espaço para não ter esse êxito", avisa, insistindo que a vitória eleitoral de Montenegro foi "personalizada".

"É chamado a comprovar que o essencial de Abril" permanece e que esse Abril "é capaz de dar futuro a um Portugal muito diferente do de 1974", concluiu.

Luís Montenegro discursa após tomar posse como primeiro-ministro

XXV Governo: primeiro-ministro e (seus) 16 ministros tomam posse no Palácio da Ajuda

Mariana Jerónimo

Luís Montenegro acaba de tomar posse como primeiro-ministro do XXV Governo Constitucional do país. Nas palavras do chefe do Executivo, assume com uma "enorme honra e sentido de responsabilidade" o compromisso de representar Portugal e os portugueses.