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“Tolerância zero para a intolerância”: Aguiar-Branco condena agressões ao ator Adérito Lopes

Aguiar-Branco condenou esta quarta-feira as agressões ao ator Adérito Lopes e defendeu “tolerância zero com a intolerância”.

O Presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, fala aos jornalistas após um encontro com o presidente do governo regional, José Manuel Boleiro (ausente da foto), no Palácio de Sant’Ana, em Ponta Delgada, Açores, 12 de fevereiro de 2025.
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O presidente da Assembleia da República condena as agressões da última noite que classifica de atos de intolerância. Aguiar-Branco diz que são inaceitáveis.

“É absolutamente inaceitável. Tolerância zero com a intolerância, com atos que não respeitam a diferença, não respeitam o que tem a ver com a nossa liberdade. Devem ter tolerância zero, e acho que com isso transmito o sentimento genérico do português”, afirmou José Pedro Aguiar-Branco esta quarta-feira, à margem de uma visita à Feira Nacional de Agricultura, em Santarém.

As declarações surgem na sequência da agressão ao ator Adérito Lopes, ocorrida na noite de terça-feira, à porta do teatro Cinearte, da companhia “A Barraca”, em Lisboa. O artista foi atacado com um soco no rosto, alegadamente com uma soqueira ou anéis, quando se preparava para entrar no teatro para um espetáculo.

Adérito Lopes sofreu ferimentos na cara e teve de levar pontos. Foi assistido no hospital, de onde teve alta por volta das 2:00 da manhã, segundo fonte próxima do caso que estava no local. O ator regressou ao teatro depois dos cuidados médicos e já se encontra em casa.

A agressão motivou a divulgação de uma carta aberta, à qual a SIC teve acesso, dirigida a várias figuras públicas, incluindo Aguiar-Branco. No documento pode ler-se que o ataque “não é um episódio isolado” e que “é urgente uma resposta legislativa” perante o aumento de episódios de violência ligados a movimentos de extrema-direita.