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Já está a ser desenhado o projeto de transvase de água do Alqueva para o Algarve Ocidental

Foi uma das concessões do Governo Espanhol na última cimeira ibérica e os Municípios do Algarve não quiseram adiar o transvase de água do Alqueva para o Algarve Ocidental. Temem que a região seja atingida em breve por nova seca e decidiram por isso avançar desde já com o projeto de ligação para evitar escassez de água.

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Pode a seca não se sentir depois da chuva farta de inverno, que o Algarve continua ainda assim de olho na água prometida desde Alqueva. As obras para a captar a jusante, já no Pomarão, devem arrancar até ao final do ano.

Mas há outros 30 hectómetros de que a região não abre mão de ir buscar ao maior lago artificial da Europa. E até já há condutas a levar essa água até Ourique.

“Agora é preciso estudar se essa conduta é suficiente para depois aportar mais 30 hm para mais tarde trazê-los à zona do barlavento, estudar também qual é o caminho que deve fazer, se pára depois em outras barragens, como santa clara”, 

Os municípios do Algarve avançam com o processo. Para já, com o caderno de encargos desse estudo que pode custar acima de meio milhão de euros. 

Há duas possibilidades de destino em cima da mesa. A barragem da Bravura, em Lagos, ou a maior albufeira do Algarve, Odelouca. Não se sabe ainda quanto irá custar nem que irá pagar. 

A fartura de água deste ano também não travou o avanço da dessalinizadora, cuja construção deverá arrancar em setembro, em Albufeira. O Algarve, desta vez, parece querer preparar-se para nova seca. E há indicadores que o justificam.

Depois de ter alargado a rede de monitorização de águas subterrâneas, a Agência Portuguesa do Ambiente não detetou recuperação nos aquíferos da região, continuando boa parte deles em estado crítico.

A comissão de acompanhamento da seca deverá reunir-se em julho para avaliar medidas.