O INEM vai instaurar processos disciplinares aos dois técnicos identificados no relatório da IGAS como os responsáveis pelo atraso do socorro a um homem que acabou por morrer num dia de greve dos técnicos no INEM.
O que foi provado foi "a relação entre a morte e o atraso no atendimento. O segundo ponto que importa clarificar, e nós neste momento não temos condições para o fazer, é perceber o motivo do atraso", salienta Tiago Correia, comentador da SIC.
"Estamos no primeiro capítulo de uma longa história. São 12 casos, temos a resposta para 3. Um já se provou que houve uma relação entre um desfecho fatídico e o atraso na resposta do INEM. Faltam saber 9 casos. E depois de sabermos os restantes 9 casos, precisamos então de clarificar o motivo do atraso".
O comunicado do Ministério para clarificar a posição da IGAS, é que teve a ver o atraso à resposta não com a greve, mas com uma conduta menos própria, negligente, destes profissionais.
É óbvio que não é um pormenor que naquele dia 4 de novembro tivemos duas greves, a greve da função pública e a greve ao trabalho suplementar dos técnicos de emergência pré-hospitalar e que houve momentos do dia em que o INEM não conseguiu responder a 70% das chamadas.
Urgências fechadas no Amadora-Sintra devido a apagão informático
O Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF), conhecido como Amadora-Sintra, suspendeu temporariamente as urgências devido a um apagão informático que, desde o fim de semana condiciona o serviço.
"Isto não pode ser visto como uma situação do Amadora Sintra. (...) a meu ver, isto revela a ponta de um icebergue, que é problemas estruturais que nós temos nos sistemas de informação no Serviço Nacional de Saúde".