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Bebé morreu após mãe ter ido a cinco hospitais: “É muito importante perceber se este desfecho era prevenível”

A Associação de Administradores Hospitalares lamenta a morte da bebé e espera o resultado da investigação ao caso. Mas diz que há muito que tem alertado a tutela para necessidade de concentrar o atendimento às grávidas da região de Lisboa e Vale do Tejo e, em particular, às da Península de Setúbal.

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A Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares ainda vai reunir mais informações, mas não exclui a hipótese de negligência, no caso da bebé que morreu, após a mãe, ainda grávida, ter sido atendida em cinco unidades hospitalares diferentes em 13 dias, antes do parto.

O caso vai ser investigado pela Direção Executiva do SNS e, segundo o Ministério da Saúde, a Unidade Local de Saúde de Santa Maria já abriu um procedimento de averiguações internas, acrescentando que, só depois de conhecido o desfecho, a tutela atuará.

Mas, para a Associação de Administradores Hospitalares, a passagem da parturiente por tantos hospitais não será aceitável.

“Obviamente que esta grávida não deveria ir, num período tão curto de tempo, a várias urgências, de vários hospitais, ser consultada por várias equipas. Devia ser seguida por uma equipa com maior regularidade e maior consistência. De que forma é que isso contribuiu para este desfecho fatal não sabemos”, refere Xavier Barreto, presidente da associação.

Ainda não se sabe o que determinou este óbito, mas a falta de equipas tem levado os administradores hospitalares a apelarem à concentração do atendimento às grávidasdas regiões mais carenciadas no que toca a médicos desta especialidade.

“É muito importante perceber se este desfecho se deveu a um problema que ocorreu durante o parto e que era prevenível se tivesse tido um acompanhamento diferente ou não”, afirma Xavier Barreto.

Subsiste a dúvidasobre o que terá provocado a morte da bebé. A família da bebé também estará a aguardar pelo resultado da autópsia para decidir se agirá judicialmente.