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Israelitas são quem mais adquire a nacionalidade portuguesa e maioria não vive em Portugal

Seguem-se os cidadãos brasileiros, que representam 23,5% dos novos portugueses. Os cidadãos indostânicos, vindos do Bangladesh, Nepal e Paquistão, representam apenas 7%.

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Os israelitas representam 40% dos novos portugueses. É a nacionalidade com mais aquisições. Os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que 60% das pessoas que adquirem a nacionalidade portuguesa vivem fora do país.

Em cinco anos, 74 mil israelitas obtiveram passaporte português. É a nacionalidade com mais aquisições: 16.377 - o que corresponde a 40% do total.

O jornal Expresso, que cita os últimos números do INE, indica que a grande distância, em segundo lugar, estão os brasileiros com 23,5% (9748), seguidos dos cabo-verdianos com 4,3% (1785), e dos ucranianos, com 3,5% (1467). A nova comunidade do subcontinente asiático, que inclui o Bangladesh, Nepal e Paquistão, representam 7%, o equivalente a 2795 elementos.

Desde 2021, há mais aquisições de nacionalidade de pessoas a viver no estrangeiro do que em Portugal. Os dados do INE mostram mesmo que 60% dos cidadãos vive fora de Portugal.

A tendência poderá mudar, caso a revogação da naturalização dos descendentes sefarditas, que o Governo aprovou, passe na Assembleia da República. Esta concessão da nacionalidade portuguesa foi aprovada por unanimidade no Parlamento em 2013 e justificada enquanto "reparação histórica" pela perseguição e violência de que os judeus foram alvo no século XV.

No entanto, nos últimos anos, este regime tem estado envolto em polémica com suspeitas de fraude - como no caso da atribuição da nacionalidade ao multimilionário Roman Abramovich.

O Governo recua, limita e altera o regime com a duplicação, de 5 para 10 anos, do tempo mínimo de residência legal em Portugal para fazer o pedido de nacionalidade.

O Expresso explica ainda que o número de aquisições de nacionalidade atingiu um pico em 2020, com cerca de 60 mil pedidos concedidos, e que desde essa altura tem vindo a decrescer.