A posição do INEM foi enviada às redações esta segunda-feira. Depois do Ministério da Saúde e do próprio diretor executivo do SNS terem deixado claro que qualquer esclarecimento sobre o caso tinha de partir do Instituto Nacional de Emergência Médica.
O caso é o de um homem de 49 anos, que sofreu um traumatismo craniano grave, deu entrada no hospital da Covilhã e acabou transferido para Coimbra. O processo começou às 20:00 horas da noite de sábado e terminou com a entrada no segundo hospital, mais de cinco horas depois, já na madrugada de domingo.
O INEM garante que o utente teve acesso a cuidados de saúde altamente diferenciados até à admissão no hospital de destino. E justifica a transferência por via aérea, dizendo que a decisão foi tomada, tendo em conta o estado do doente e os meios disponíveis, pelos médicos do hospital, do INEM e da Força Aérea, chamada a fazer o transporte.
Ainda que o que esteja em causa seja todo o processo, desde que foi decidido levar o doente para Coimbra até que lá tenha efetivamente chegado, o Ministério da Defesa, que tutela a Força Aérea, decidiu esclarecer a linha temporal da equipa médica militar.
Linha temporal dos acontecimentos
Assim que foi confirmada a transferência pelo INEM, o helicóptero da Força Aérea saiu do Montijo, eram passavam cinco minutos das 22:00 horas da noite.
Chegou a Castelo Branco às 23:20 horas, onde chegou a desligar os motores enquanto esperava pelo doente. Vinte minutos depois partiu de Castelo Branco e aterrou em Coimbra já perto da 00:30 horas.
Da saída do Montijo até à entrega do doente passaram-se duas horas e 15 minutos, praticamente o mesmo tempo que teria demorado de ambulância.
Oposição exige responsabilidade da ministra da Saúde
O Bloco de Esquerda (BE) pediu uma audição parlamentar da ministra da Saúde para exigir explicações sobre os problemas de transporte do INEM e a situação das urgências de obstetrícia.
Sendo que nem há uma semana a comissão de Saúde aprovou a ida de Ana Paula Martins ao Parlamento para se explicar precisamente sobre o funcionamento do INEM e a faturação excessiva de trabalho adicional no serviço de dermatologia do Hospital de Santa Maria.