Aos 14 anos, Manuel vive totalmente dependente da família. Frequenta a valência socioeducativa da Cerci, na Azambuja. O Manuel e outras 14 crianças com necessidades educativas especiais são todos os dias para serem acompanhados por uma equipa especializada.
No final de junho, os pais foram convocados para uma reunião com a administração da Cerci, onde lhes foi comunicada a dificuldade que a instituição tem tido para manter o funcionamento sustentável daquele departamento.
Além disso, há dificuldades em contratar pessoal qualificado para as funções. A administração da Cerci diz que a responsabilidade é do Ministério da Educação porque as instituições de solidariedade social estão a ser regulamentadas por uma lei de 1997 que não foi alterada.
Com um prejuízo a acumular-se ao longo dos últimos anos, começam a ser equacionadas outras opções. Os pais foram avisados para pensarem num plano B e estão assustados com a possibilidade de encerramento.
A SIC confirmou que a portaria que regula este tipo de estabelecimentos tem quase 30 anos. A Cerci diz que os pagamentos, com cálculos feitos em 1997, estão desajustados e os métodos de ensino também. A SIC enviou questões ao Ministério da Educação, que não respondeu.