Lisandra, Sónia e o marido, Diogo, foram três dos pais que, a 28 de maio, se juntaram para ver imagens que, até hoje, não conseguem esquecer. Os filhos — um menino prestes a fazer três anos e uma menina de dois anos e meio — são vítimas de quatro funcionárias da creche da Casa do Povo de Rabo de Peixe, em São Miguel.
Aurora é acompanhada por especialistas e um possível diagnóstico de autismo está em investigação. A Segurança Social dos Açores soube do caso no final de maio, através da direção da Casa do Povo, e avançou para uma inspeção que ficou concluída esta semana.
O relatório já está pronto e vai ser enviado às autoridades nos próximos dias. A inspeção também concluiu que os maus-tratos aconteceriam apenas na sala onde as quatro funcionárias estavam colocadas.
As mulheres estão suspensas devido a um processo disciplinar aberto internamente. A Casa do Povo fez uma queixa-crime, mas o tribunal decidiu não aplicar medidas de coação que as afastassem do serviço, o que gerou mais revolta.