Anúncios, desmentidos e momento "fanfarrão" vs "frouxo" no debate sobre o Estado da Nação
JOSÉ SENA GOULÃO

Terminado

País

Anúncios, desmentidos e momento "fanfarrão" vs "frouxo" no debate sobre o Estado da Nação

Antes das férias de verão foi tempo de debater o Estado da Nação. O primeiro-ministro fez um balanço dos (ainda) poucos meses do Executivo garantindo que continua a "ouvir os portugueses" e, por isso, fez três anúncios para professores, pensionistas e empresas. A Saúde acabou, como se previa, por marcar a discussão, sendo apontada pela oposição como o "maior falhanço" do Governo. Houve ainda intervenções interrompidas e um momento tenso entra as bancadas do PS "frouxo" e do Chega "fanfarrão". Reveja abaixo o filme de uma discussão de cinco horas no Parlamento.

Todo o direto

Em setembro há mais. Obrigada por nos ter acompanhado

Terminado o debate no Parlamento, feita a análise na SIC Notícias, damos por concluído este liveblog. Citando o presidente da Assembleia da República, "até setembro".

O debate a três sobre o Estado da Nação

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Os deputados do PSD, Hugo Carneiro, do Chega, Pedro Frazão, e do PS, António Mendonça Mendes, estiveram na Edição da Noite a debater a três o debate, desta tarde, sobre o Estado da Nação no Parlamento e os anúncios, e desmentidos, feitos pelo Governo.

Momento tenso entre bancadas do PS e Chega que Aguiar-Branco atiçou

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O debate do Estado na Nação ficou marcado por um momento de tensão entre o presidente da Assembleia República e o PS. José Luís Carneiro foi repreendido por chamar "fanfarrão" a André Ventura e a bancada socialista acusou José Pedro Aguiar-Branco de cobardia e falta de coragem por não repreender, na mesma medida, à bancada do Chega, a partir da qual André Ventura tinha dito que a liderança do PS era "frouxa".

Bónus para pensões em setembro, Governo quer ainda descer IRC e a venda total da TAP

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O Governo vai aprovar esta sexta-feira, em Conselho de Ministros, um bónus variável para todas as pensões até 1.567,57 euros por mês. Será pago em setembro, um mês antes das eleições autárquicas. No debate do Estado da Nação, o primeiro-ministro anunciou também a descida do IRC para 19% em 2026. Luís Montenegro mostrou-se ainda favorável a uma venda total da TAP.

Oposição insiste que a Saúde é o "maior falhanço" do Executivo

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O primeiro-ministro garante que no verão vai haver pelo menos uma urgência de Obstetrícia aberta na margem sul do Tejo. A oposição insiste que a Saúde é o maior falhanço do Executivo e que não pode haver grávidas à procura de hospitais abertos.

O momento em que Luís Montenegro desmente André Ventura

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Luís Montenegro desmente André Ventura e nega que exista um princípio de acordo de governação com o Chega. No debate do Estado da Nação, o líder do PS queria que o primeiro-ministro tivesse escolhido um parceiro para entendimentos políticos mas Montenegro insiste que quer conversar com todos.

"Boas férias, até setembro"

Concluido o discurso de encerramento, o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco dá os trabalhos por terminados, ao fim de cinco horas de discussão, e deseja "boas férias a todos os deputados".

Ministro encerra debate com aviso à oposição

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TIAGO PETINGA

Numa intervenção em que citou os políticos britânicos Margaret Thatcher e Winston Churchill e várias figuras literárias nacionais, o ministro dos Assuntos Parlamentares deixou um aviso à oposição, pedindo-lhe "igual coragem em subordinar as divergências imóveis no tempo ao interesse nacional".

"Não estaremos disponíveis para conversações inócuas que empatem as decisões imprescindíveis. Não alimentaremos rondas negociais que apenas sirvam para que se perca o rumo. Não proclamaremos entendimentos que nunca terão hipótese de se efetivarem", assegurou, dizendo que o Governo não se prestará a "encenações retóricas que adiem a transformação".

"Sejamos sérios": ministro Carlos Abreu Amorim encerra debate

Carlos Abreu Amorim faz o encerramento, em nome do Governo, reiterando a tese de que o Governo PSD/CDS-PP herdou "uma realidade descontrolada" dos executivos PS em matéria de imigração. "Temos assistido à propagação de uma versão dos factos incompleta e errada que acusa o Governo e a sua maioria parlamentar de preferirem um entendimento com o Chega ao invés do PS. Sejamos sérios: como teria sido possível alcançar nesta matéria um acordo com o Partido Socialista?" Para o ministro, o PS ainda não reconheceu "os erros que cometeu", "deles nunca se arrependeu" e "nega a própria existência do problema", contestando os números e os seus impactos. "Não terá sido o próprio Partido Socialista a prescindir de fazer parte da solução?", pergunta, defendendo que foram os socialistas "a excluir-se" da solução. No final de cerca de cinco horas de debate no parlamento, Carlos Abreu Amorim afirma que "quando o mundo vive tempos de aflição e as vozes dos extremismos de esquerda e de direita parecem aliciar tantos daqueles que sempre preferiram a prudência e a sobriedade na ação política, fica aqui o nosso compromisso com os portugueses: podem confiar neste Governo, nós somos a garantia da moderação e a confiança na integridade da lógica democrática e institucional". Seguindo a intervenção inicial do primeiro-ministro, Abreu Amorim diz que o atual executivo tem "uma nova forma de fazer política, essencialmente focada na resolução de problemas concretos, constantemente inconformada e propositadamente abstraída do jogo estéril das confrontações inconsequentes". "Nos próximos quatro anos, a ação e a estratégia deste executivo serão assinaladas pela vontade transformadora e por um espírito reformista e de realização concreta que consiga romper com o imobilismo crónico que estigmatizou tantas políticas públicas ensaiadas nas últimas décadas", assegura.

Partidos fazem as intervenções finais

O debate está a entrar nos minutos finais. Já sem o chefe do Governo presente, as bancadas aproveitam os minutos que lhes restam para as últimas intervenções.