Prossegue a polémica na Foz do Douro devido ao projeto para construir três torres de 25 andares. Os moradores da zona falam em "crime urbanístico". A Câmara Municipal do Porto lembra que não houve reclamações nos períodos de consulta pública, mas os críticos do projeto garantem que não foram informados em tempo útil.
Ainda não saiu do papel, mas já faz correr muita tinta. O projeto para a Avenida Nun'Álvares, entre a Praça do Império e a Rua do Crasto, contempla três torres com 25 andares. Os moradores falam em “aberração” e “crime urbanístico”.
A autarquia portuense sublinha que houve três períodos de discussão pública nos últimos dois anos e que, durante esses momentos, não foi apresentada qualquer reclamação quanto à volumetria ou implantação dos edifícios. Um argumento que não convence o novo movimento cívico que contesta o projeto.
Cerca de 200 pessoas juntaram-se esta quarta-feira numa sessão de esclarecimento sobre a construção, aprovada pelo executivo municipal com 11 votos favoráveis e apenas a abstenção da CDU.
Os moradores não desistem e, com o executivo em fim de mandato, exigem esclarecimentos aos possíveis sucessores de Rui Moreira. Um dos candidatos, Pedro Duarte, já se pronunciou e promete redimensionar o projeto, procurando uma solução mais enquadrada com a arquitetura da zona.
A três meses das eleições autárquicas, estes moradores esperam que quem vier, venha para travar o avanço das torres.