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Urgência do Hospital de Aveiro fechada em metade dos dias de julho

A urgência de obstetrícia e ginecologia do Hospital de Aveiro encerrou na quinta-feira e só reabre na segunda-feira de manhã. A falta de profissionais vai causar constrangimentos até ao fim do verão.

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São quatro dias de portas fechadas de dia e de noite na urgência de obstetrícia e ginecologia do Hospital de Aveiro. O mesmo já tinha acontecido há duas semanas por igual período. Pior, ainda não há soluções para outros buracos nas escalas de agosto e setembro. A falta de médicos explica esta dificuldade, que já levou o diretor do serviço de urgência de ginecologia e obstetrícia a pedir a demissão.

Só com 20 especialistas e, desses apenas 11 fazem urgência, o serviço funcionou até ao início do mês sem grandes constrangimentos, suportado nas horas extraordinárias e no recurso a tarefeiros. Acontece que estes médicos já ultrapassaram há muito o volume de trabalho extraordinário definido por lei e recusam-se a fazer mais horas.

A situação já foi classificada de grave pela Ordem dos Médicos. A administração da ULS de Aveiro diz estar a fazer tudo para tentar preencher as escalas. Sem avançar detalhes, garante que também está a negociar com a tutela uma solução de futuro, que dará mais autonomia e melhores condições de carreira aos profissionais.

Durante estes encerramentos temporários as utentes e as grávidas do hospital de Aveiro são em regra atendidas nos hospitais e maternidades de Coimbra, devidamente orientadas pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes.