O relatório identifica em Espanha 18 grupos radicais sob vigilância permanente das autoridades, alguns dos quais são neonazis. É aqui que surge a referência a Caetana Pettermann de Alós.
A luso-espanhola residente em Madrid aparece destacada no documento como membro do Conselho Nacional da Juventude do Chega, com ligações ao Vox espanhol e ao Revuelta, um movimento de jovens mais radical que ganhou notoriedade há ano e meio nas ruas de Madrid durante os graves incidentes em frente à sede do PSOE.
Desde então, a organização, apontada como racista e islamófobica, passou a ser acompanhada de perto pelas autoridades espanholas.
O documento dá ainda conta de uma aliança entre grupos de extrema-direita de Lisboa e Madrid.
Conclui que os jovens, como Caetana, são cada vez mais atraídos pelo discurso antissistema promovido pela direita radical e assinala também o fortalecimento das ligações internacionais entre diferentes grupos extremistas na Europa.
Caetana Pettermann de Alós não respondeu ao pedido de esclarecimentos da SIC.
O relatório agora conhecido foi elaborado por uma organização não-governamental norte-americana - Global Project Against Hate and Extremism - e divulgado três semanas depois dos episódios de violência contra imigrantes do Norte de África em Torre Pacheco, na província de Múrcia.