O início da construção de uma família com respostas adiadas e sem soluções imediatas. Os encarregados de educação têm de voltar ao trabalho para não o comprometer ou reduzir os rendimentos. Milhares de instituições, sobretudo da rede pública, chegam ao ponto de terem um estabelecimento com todas as condições reunidas, só que as salas não podem abrir porque faltam educadores.
De acordo com o programa do Governo, há mais de 12 mil vagas por preencher espalhadas por 65 concelhos. A FENPROF considera que o incentivo aos privados para que se abram mais salas está a deixar a rede pública no esquecimento.
"Nós estamos a falar de uma despesa de 42 milhões de euros. A despesa podia ter sido usada no público. Há salas que podem ser reabertas, recuperadas, melhoradas, mas esse investimento não foi feito (…) Há crianças que vão continuar à espera e os pais terão que recorrer a outras soluções", afirma o secretário-geral da FENPROF, José Feliciano Costa.
70 creches ilegais fecharam nos últimos 4 anos
Muitas famílias sem condições para pagar uma creche privada ou ter alguém que possa cuidar dos filhos tem recorrido por exemplo a creches clandestinas. Só nos últimos quatro anos, foram obrigadas a encerrar mais de 70 creches por todo o país.
À primeira vista foi um alívio, mas a verdade é que na maior parte das que foram descobertas havia falta de higiene ou segurança.