País

Raimundo encerra ‘Festa do Avante!’ com recado para o PS: "Política de direita não se combate dando-lhe a mão"

No comício da Festa do Avante, o secretário-geral do PCP acusou o PS de "estar às cotoveladas com o Chega para ver quem é o mais cúmplice do Governo".

Raimundo encerra ‘Festa do Avante!’ com recado para o PS: "Política de direita não se combate dando-lhe a mão"
TIAGO PETINGA/LUSA

Paulo Raimundo acusou este domingo o PS de "parecer disponível para dar as duas mãos ao Governo", advertindo que a "política de direita não se combate dando-lhe a mão, mas sim travando-lhe o passo".

No comício da Festa do Avante, o secretário-geral do PCP acusou o PS de "estar às cotoveladas com o Chega para ver quem é o mais cúmplice do Governo, para ver quem é o par favorito de um Orçamento do Estado" que, disse, servirá para "acelerar o desmantelamento do SNS, o ataque aos serviços públicos, para as privatizações" e para "manter um país assente nos baixos salários e pensões baixas".

"Perante isto, ninguém pode dizer que vai ao engano. A política de direita não se combate dando-lhe a mão, mas sim travando-lhe o passo. E o PS, como sempre, parece disponível para dar, não uma, mas as duas mãos ao Governo e à sua política", acusou, recebendo um aplauso da plateia.
"Da parte do PCP, cá estaremos para lhe dar firme combate e, sim, para lhe travar o passo, que é isso que é importante para as nossas vidas e para o nosso país", assegurou.

Paulo Raimundo defendeu que o Governo "mais parece uma agência de negócios dos grupos económicos" e salientou que, no atual quadro político, "cada instrumento desempenha o papel que lhe está atribuído": PSD e CDS governam, a Iniciativa Liberal serve de "lebre ideológica" para o executivo e o Chega de "fábrica de mentiras".

O Chega é "a demagogia, a gritaria que se conhece e é o instrumento que o sistema criou para tentar acelerar os objetivos do próprio sistema. É o abre-latas do pior da política de direita", acusou.