As equipas de cuidados paliativos dos centros de saúde estão a perder médicos e enfermeiros para outras unidades, onde ganham melhor e recebem incentivos. Mais de uma centena de profissionais assinou uma carta aberta, dirigida ao Ministério da Saúde, à Direção Executiva do SNS e aos partidos políticos, a alertar para o problema.
As 33 equipas espalhadas pelo país são, para muitas famílias, uma ajuda incalculável, um apoio para os pacientes, e também para os seus cuidadores, mas é cada vez mais difícil cativar e fixar médicos e enfermeiros nas equipas comunitárias de cuidados paliativos.
Sem acesso aos incentivos e trabalho por objetivos, muitos acabam por sair, razão que levou mais de cem profissionais que assinaram uma carta aberta dirigida ao Ministério da Saúde, Direção Executiva do SNS e aos partidos políticos.
Contactada pela SIC, a Direção Executiva do SNS admitiu, em comunicado, que há uma falta estrutural de recursos humanos e reconheceu o papel fundamental das equipas comunitárias de suporte em cuidados paliativos, tendo garantido que está a "acompanhar todas as medidas orientadas para a valorização destes profissionais”.