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Candidatos do BE e PCP a Belém marcam presença em protesto contra pacote laboral

Milhares de pessoas protestaram este sábado, em Lisboa, contra o pacote laboral. No desfile na Avenida da Liberdade estiveram os candidatos presidenciais do Bloco de Esquerda e do PCP.

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O secretário-geral da CGTP-IN classificou como um "grande momento de luta" e de afirmação dos trabalhadores a jornada nacional de luta contra o pacote laboral que reuniu milhares de pessoas nos Restauradores, em Lisboa.

Quem também não faltou foram os candidatos presidenciais do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, e do PCP, António Filipe.

No início do desfile, Catarina Martins sublinhou que a proposta laboral "exige um sobressalto no país e exige que se compreenda a necessidade de uma luta coletiva e de uma luta abrangente, que seja de todos os trabalhadores, que possa reunir as centrais sindicais, que possa reunir movimentos cívicos".

Até porque "toda a gente sabe, quem constrói o país é quem trabalha e o que nós precisamos do nosso país e tem faltado é respeito por quem trabalha. E isso é fundamental", acrescentou.

"Ainda que algumas destas medidas mais cruéis que têm sido debatidas publicamente recuem, se não recuar o resto, na verdade, nada vale. Porque se toda a gente tiver um contrato precário e toda a gente puder ser despedida, mesmo sem justa causa, quer dizer que uma mulher quer fazer valer os seus direitos", referiu Catarina Martins.

Por sua vez, o candidato presidencial António Filipe, que também participou na concentração, explicou a sua presença por estar solidário com os trabalhadores portugueses.

"Estão na linha da frente das minhas preocupações", acrescentou, apontando que a economia portuguesa está assente "nos baixos salários" e numa legislação laboral que não protege "minimamente" os trabalhadores.

A proposta laboral do Governo "é para muito pior", prosseguiu, salientando que o Direito do Trabalho foi criado "para proteger os trabalhadores" e não o seu contrário.

"Há todas as razões para que os trabalhadores portugueses se mobilizem contra esta proposta de alteração para pior e esta manifestação é sinal disso e eu só podia estar solidário".

Ao longo de duas horas e meia, milhares de pessoas desceram a Avenida da Liberdade com pedidos de aumentos salariais e de direitos.

O protesto contou com os candidatos presidenciais do Bloco de Esquerda e do PCP.

Criticam a possibilidade do alargamento dos serviços mínimos e a facilidade de despedimento.

Com Lusa.