O ministro da Economia e do Mar disse, esta sexta-feira, que o Banco de Fomento está “operacional” e “no terreno”, mas precisa de um presidente do Conselho de Administração (‘chairman’) com “visão estratégica” e “ligação ao mundo empresarial”.
“O Banco de Fomento está operacional, está agora no terreno. […] Precisamos de dotá-lo com um ‘chairman’ que tenha visão estratégica e ligação ao mundo empresarial”, afirmou António Costa Silva, no debate do programa do Governo, em resposta a uma questão do deputado Jorge Paulo Oliveira, do Partido Social Democrata (PSD).
Em julho de 2021, o Governo anunciou a suspensão da nomeação de Vítor Fernandes para a presidência do Conselho de Administração do Banco do Fomento para evitar “controvérsia” na instituição, disse o então ministro da Economia, Pedro Siza Vieira.
O ex-administrador do Novo Banco terá sido mencionado em documentos do Ministério Público (MP) referentes à operação Cartão Vermelho, na qual o presidente da Promovalor e ex-presidente do Benfica Luís Filipe Vieira é arguido.
Luís Filipe Vieira foi um dos quatro detidos numa investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros, com prejuízos para o Estado, SAD do clube e Novo Banco.
“O Banco de Fomento tem instrumentos de capital e de quase capital, como a questão dos empréstimos participativos, que podem ajudar a capitalização das empresas”, apontou o novo ministro da Economia.
Para o governante, é preciso “mudar o paradigma” de recurso excessivo das empresas ao endividamento.
Questionado por Jorge Paulo Oliveira se o programa de Governo é “espelho” das afirmações passadas, quando disse, em entrevista à Lusa, que integrar o Governo não fazia parte do seu ADN, Costa Silva disse que mantinha “integralmente” aquelas afirmações. “É a minha leitura da realidade”, apontou.
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