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Caso BES: fase de instrução volta a ser adiada 

O juiz Ivo Rosa não tem condições para regressar ao tribunal e vai continuar de baixa médica.

Caso BES: fase de instrução volta a ser adiada 

O início da fase de instrução do processo BES voltou a ser adiado devido à baixa médica do juiz Ivo Rosa. A sessão que estava agendada para esta terça-feira voltará a ter de ser reagendada, uma vez que o juiz Ivo Rosa continuará de baixa.  

O juiz foi operado de urgência ao coração, em fevereiro, depois de ser diagnosticado problema cardíaco.  

Ao que a SIC apurou, Ivo Rosa ainda não tem condições de regressar ao tribunal e, por isso, vai prolongar o período de recuperação em casa.  

Embora não tenha sido dado novo prazo para o regresso do juiz, a instrução do processo tem agora como próxima data agendada o dia 26 de abril, às 14:00.

Na sessão desta terça-feira estava previsto ouvir dois arguidos do caso e havia já uma calendarização feita até maio para a audição de testemunhas e arguidos. 

Um dos maiores processos da justiça portuguesa

O caso BES/GES agrega no processo principal 242 inquéritos, que foram sendo apensados, e queixas de mais de 300 pessoas, singulares e coletivas.

Segundo o Ministério Público, cuja acusação contabilizou cerca de quatro mil páginas, a derrocada do Grupo Espírito Santo, em 2014, terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.

Iniciado no dia 12 de agosto de 2014, o inquérito do processo “Universo Espírito Santo” teve origem numa notícia de 3 de agosto desse ano sobre a medida de resolução do BES e analisou um conjunto de alegadas perdas sofridas por clientes das unidades bancárias Espírito Santo.

O despacho do MP chegou quase seis anos depois, em 14 de julho de 2020, deduzindo acusação contra 25 arguidos (18 pessoas e sete empresas), num total de 348 crimes, sendo acrescentados em janeiro de 2022 mais cinco arguidos e 13 crimes, para os totais de 30 arguidos e 361 crimes.

Entre os arguidos, está Ricardo Salgado. O ex-banqueiro é acusado de 65 crimes, entre os quais 12 de corrupção, 30 de burla qualificada e um de associação criminosa.

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