A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, criticou esta terça-feira a ausência de soluções concretas do plano de contingência para as urgências hospitalares, anunciado pelo Governo, considerando urgente a autonomia de contratação dos hospitais e a dedicação exclusiva.
Para a líder do BE, “é urgente implementar duas medidas que estão respaldadas na lei de bases da saúde, que foram recusadas pelo Governo quando o Bloco as fez nas negociações dos últimos orçamentos e que mesmo agora o Governo continua a recusar”. Considera estas são as duas medidas “com o maior alcance imediato para garantir profissionais ao SNS”.
Assim, de acordo com Catarina Martins é preciso “garantir já a autonomia de contratação dos hospitais para os lugares do quadro que estão por preencher” e “oferecer a quem já está no SNS e a quem queira regressar a possibilidade de dedicação exclusiva ao serviço público com incentivo remuneratório de 40%”.
Catarina Martins defendeu que estas duas medidas não dispensam outros avanços e outros investimentos no SNS, sendo o início de uma solução para responder aos problemas que hoje se vivem.
“A ministra não pode responsabilizar os hospitais pela gestão dos recursos enquanto nega aos hospitais esses mesmos recursos e até a autonomia para contratar para os lugares que estão vazios nos quadros”, condenou.
Na análise da líder bloquista, o Governo tem os instrumentos e a responsabilidade de salvar o SNS e “se recusar fazê-lo, está deliberadamente a destruir o SNS”.
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