Numa entrevista exclusiva à SIC, o coordenador do cibercrime da Procuradoria Geral da República (PGR) admite que alguns dos recentes ataques informáticos a empresas portuguesas serão atos de sabotagem de grupos organizados internacionais.
As investigações ainda estão em curso, mas dos danos causados há leituras que são dadas praticamente como certas.
“Os vários crimes que têm sido noticiados na imprensa, quer em Portugal quer no estrangeiro, têm sido sabotagens informáticas. Sabotagem porquê? Porque quando o sistema informático que suporta determinada atividade (…) se torna inoperacional em resultado de atuação humana aqui há um crime de sabotagem humano”, afirma Pedro Verdelho, coordenador do cibercrime da Procuradoria Geral da República.
A sabotagem é considerada um dos atos mais graves entre a criminaliade informática. Em Portugal, é punivel com uma pena que pode ir até aos 10 anos de prisão. Pelos danos que pode representar para a sociedade em geral é um crime público.
Pedro Verdelho é o coordenador do cibercrime da Procuradoria Geral da República e o represnetamte de Portugal na Uniao Europeia, no Conselho da Europa e na ONU para os assuntos relacionados com a cibercriminalidade.
À excepção de 2018, a criminalidade informática em Portugal cresce de forma permanente desde 2013. No ano passado, o crime de acesso ilegitimo aumentou quase 24%, mas nenhum suspeito foi constiutdo arguido.
Portugal aposta na formação de magistrados e junto da comunidade internacional está em curso a tentativa de permitir aos estados o acesso a servidores estrangeitos sem necessidades de autorização prévia dos paises onde estão alojados. É um dialogo importante que ainda encontra entraves em países como a Rússia e a China.
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