País

CPCJ não conseguiu acordo de proteção para Jéssica, processo seguiu para o Ministério Público em 2020

Menina de três anos morreu esta segunda-feira no hospital na sequência de maus-tratos.

CPCJ não conseguiu acordo de proteção para Jéssica, processo seguiu para o Ministério Público em 2020

A criança de três anos que morreu em Setúbal, na sequência de alegados maus-tratos, estava sinalizada pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) desde o primeiro mês de vida.

À comissão chegou um alerta com suspeitas de que a criança estaria exposta a comportamentos que afetariam o seu bem-estar e desenvolvimento.

A SIC sabe que a CPCJ avançou com o processo, nessa altura, e pediu o consentimento dos pais que, numa primeira fase, concordaram com o acompanhamento.

No entanto, os pais nunca chegaram a assinar o acordo de proteção sugerido pela comissão e faltaram várias vezes às audiências marcadas.

Sem conseguir formalizar o acordo, a CPCJ remeteu o processo para o Ministério Público em janeiro de 2020.

Dívida estará na origem dos crimes

A ama da menina de três anos que morreu em Setúbal foi detida, assim como o seu companheiro e a filha, anunciou hoje a Polícia Judiciária. São suspeitos de homicídio qualificado, ofensas à integridade física grave, rapto e extorsão.

O casal, de 52 e 58 anos, terá emprestado dinheiro à mãe da criança e cometido os crimes até que a dívida fosse saldada.

Já a filha do casal, de 27 anos, ficou detida por omissão de auxílio, uma vez que terá assistido aos maus-tratos e nada fez.

Em comunicado, a Polícia Judiciária (PJ) informa que os detidos serão presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação.