Crise Sísmica nos Açores

Crise sísmica nos Açores: “As pessoas devem acompanhar atentamente as indicações da Proteção Civil”

João Fontiela, investigador da Universidade de Évora, está na ilha de São Jorge para instalar 15 estações sísmicas.

Crise sísmica nos Açores: “As pessoas devem acompanhar atentamente as indicações da Proteção Civil”

O Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores elevou o nivel de alerta na ilha de São Jorge para 4, de um total de 5, o que significa possibilidade real de erupção. Nas últimas horas, a ilha açoriana tem registado menos sismos e com menor intensidade, como conta a repórter da SIC Sara Sousa de Oliveira, que entrevistou esta manhã o sismólogo João Fontiela.

O investigador da Universidade de Évora deslocou-se a São Jorge para estudar o fenómeno e instalar 15 estações sísmicas. O especialista sublinha que “a sismicidade ainda é profunda” e que é difícil fazer uma previsão, mas aconselha a população a “acompanhar atentamente as indicações da Proteção Civil”.

“Não sabemos se é um período de acalmia de algumas horas, se é um período de alcamia de alguns dias e depois é um retorno, ou até mesmo um aumento da atividade sísmica”, explica João Fontiela, tendo em conta o facto de nas últimas horas haver registo de menos sismos e com menor intensidade em São Jorge.

Desde sábado, já se registaram mais de 2 mil sismos na ilha açoriana, 142 dos quais sentidos pela população.

O Governo Regional já transferiu os doentes internados no Centro de Saúde das Velas, mais próximo dos epicentros dos sismos, para o Centro de Saúde da Calheta, na outra ponta da ilha, e, esta quinta-feira, deverá também transferir os idosos da estrutura residencial das Velas. Estão igualmente identificados “vários espaços” no concelho da Calheta para alojar a população que necessite.