Vinte dias depois, a ilha de São Jorge continua a viver uma crise sismovulcânica que mantém os alertas em v4, com risco muito elevado de erupção. Mas passado este tempo, e com a proteção e monitorização instaladas, as pessoas começam a regressar às rotinas, agora, com menos gente.
Todo o apoio montado ao redor da crise sismovulcânica na ilha de São Jorge contribui para que a população de Velas regresse timidamente à normalidade.
É o caso de Abel que já passou pela erupção dos Capelinhos nos anos 50, foi voluntário militar para ajudar, na ilha, em 1964, e esteve presente nas crises de 80 e 98. Dada a sua experiência de vida, garante que “isto é outra coisa” e, por isso, foram muitos os que, por causa das recordações, deixaram Velas.
Mas o barbeiro mais antigo de todo o arquipélago não, continua no ativo, seja à mão ou à máquina, embora com cada vez menos clientes.
Com a fuga de muitos e com a crise sismovulcânica sem fim à vista, o abalo na economia pode estar para breve.
“Estamos a falar de uma situação que pode perdurar meses ou até anos (…) é óbvio que nenhum concelho consegue manter o setor empresarial a funcionar”, disse o presidente da Câmara Municipal de Velas, Luís Silveira.
Perante a imprevisibilidade da situação, o governo regional já tem preparados apoios para a economia.
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