O ano letivo arranca de novo com falta de professores em todo o país. Um problema que não é novidade para o atual Governo, nem era para os anteriores executivos. Nuno Crato diz ser do conhecimento do Ministério da Educação e da Direção-Geral de Estatísticas (DGEEC), há já "muito tempo".
"Quando é que isso [problemas] se tornou mais nítido? Foi quando, em 2011, começamos a preparar o alargamento da escolaridade obrigatória e foi preciso fazer um levantamento dos professores, áreas e locais", refere o ex-ministro da Educação e Ciência.
Em entrevista à SIC Notícias, Nuno Crato defende que há falta de professores em determinadas áreas do ensino secundário, nomeadamente científicas, que não foram reforçadas a nível de docentes.
"Essas faltas de professores estavam diagnosticadas há muito tempo. Os estudos da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC) já tinha detetado as áreas em que iriam surgir falta de professores. Áreas e locais".
Professores a mais? "Isso é falso!"
Ministro da Educação e Ciência durante o executivo de Passos Coelho, entre 2011 e 2015, Nuno Crato diz que quando saiu do Governo "não havia falta de professores" e as "escolas funcionavam".
Em 2012, em entrevista ao semanário 'Sol', o ex-ministro terá dito que "existiam professores a mais" no sistema educativo em Portugal. Agora, 12 anos depois, esclarece à SIC que, afinal, não foi essa a mensagem que transmitiu e que foi mal interpretado.
"Isso é falso! O que eu disse ao jornal Sol foi que iríamos contratar os professos necessários. Nós estabelecemos as contratações necessárias para que o sistema funcionasse bem, e funcionou bem", esclareceu Nuno Crato.