O PSD vai escolher o seu próximo presidente em eleições diretas em 28 de maio, aprovou esta segunda-feira o Conselho Nacional.
A proposta de calendário da Comissão Política Nacional (CPN) para antecipar as diretas para 28 de maio foi aprovada à noite pelo órgão máximo do partido entre Congressos com apenas cinco abstenções.
Foram também aprovados os regulamentos e cronograma completos das diretas e do Congresso: em relação à proposta inicial da direção, mantém-se a data da realização do 40.º Congresso, entre 1 e 3 de julho, no Coliseu do Porto, mas foi alargado o prazo de pagamento de quotas inicialmente previsto, de 29 de abril para 10 de maio.
Desta forma, cumpre-se o desejo manifestado pelo presidente Rui Rio – que anunciou no início de fevereiro que deixaria a liderança do PSD depois da derrota nas legislativas – de que a sua sucessão decorresse até ao final de junho/início de julho, com “tranquilidade e serenidade”.
O calendário aprovado na reunião do Conselho Nacional, que se reuniu desde cerca das 21:30 de segunda-feira, em Ovar (Aveiro), prevê uma eventual segunda volta das eleições diretas – caso existam mais do que dois candidatos e nenhum obtenha 50% dos votos à primeira – se realize a 4 de junho.
Nos regulamentos das diretas e Congresso, fixa-se o prazo limite para a apresentação de candidaturas à liderança do PSD em 16 de maio, e estas têm, como habitualmente, de ser subscritas por um mínimo de 1.500 militantes e de ser acompanhadas de uma proposta de estratégia global e do orçamento de campanha.
O 40.º Congresso do PSD, que marca o final do processo, vai assim realizar-se cinco semanas depois das eleições diretas e cerca de cinco meses depois das legislativas que levaram ao anúncio de saída de Rui Rio, que lidera o PSD desde janeiro de 2018 e tinha mandato até dezembro de 2023.