Guerra Rússia-Ucrânia

“Europa não estava preparada para a guerra”, diz Presidente Marcelo

Marcelo reconhece que “estamos a atravessar um difícil período de incerteza”.

“Europa não estava preparada para a guerra”, diz Presidente Marcelo

O Presidente da República reiterou, esta terça-feira, que “ninguém sabe as consequências” que terá o conflito na Ucrânia, mas garantiu que a “Europa procura soluções permanentemente”. Ainda assim, reconheceu Marcelo Rebelo de Sousa: “Europa não estava preparada para a guerra”.

O Presidente da República reconhece que a Europa, e outros países do mundo, não estavam preparados para enfrentar uma Guerra e reforça que “estamos a atravessar um difícil período de incerteza”.

“Há uma coisa que se sabe: alguns custos na vida das pessoas já começaram e vão continuar nos próximos tempos. E quando dizemos próximos tempos, não sabemos o que são os próximos tempos. É verdade que muitos problemas já existiam, mas não têm comparação problemas com guerra e problemas sem guerra”, advertiu.

O Presidente da República falava aos jornalistas no Palácio de Belém, depois de ter assistido a um encontro entre o fotógrafo Alfredo Cunha e alunos do 11.º e 12º ano de uma escola de Ferreira do Alentejo, no âmbito do programa “Artistas no Palácio de Belém”.

Na ótica de Marcelo Rebelo de Sousa, a guerra na Ucrânia, “além de ser um choque psicológico, político, diplomático”, é também um “choque económico, financeiro e social” que, apesar de “não se saber como é que acaba” nem que “custos terá”, terá impacto na vida das pessoas.

Já esta segunda-feira, após a reunião do Conselho de Estado, o Presidente Marcelo alertou que a invasão russa da Ucrânia já teve e terá “custos enormes” para a Europa e que vêm aí “tempos muito difíceis”, para os quais pediu unidade, solidariedade e eficácia.

“Temos de garantir bens essenciais, de assegurar o funcionamento da economia, de apoiar as empresas, a começar nas dos setores cruciais, cuidar das pessoas, em particular das mais pobres, carenciadas ou sacrificadas. Temos ainda de exigir dos responsáveis a contenção nas palavras. Tudo isto com firmeza nos valores e princípios, clareza nas decisões, mas serenidade na postura”, defendeu.

Marcelo Rebelo de Sousa alertou ainda que “o que já se passou teve, tem e terá custos enormes na vida de todos nós, nomeadamente na Europa. Não há como negá-lo ou fazer de conta de que esses custos não cairão de uma forma ou de outra nas nossas vidas. E há que enfrentá-los com a mesma coragem e determinação reveladas nos últimos dois anos, em espírito de unidade, coesão, solidariedade e eficácia”.

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