Segurança a troco de subornos. É esta a realidade com que João Rendeiro se depara na prisão de Westville, na África do Sul, segundo os guardas prisionais da cadeia.
Em entrevista exclusiva à SIC, os funcionários falam de um esquema de subornos entre reclusos.
“Há ataques e esfaqueamentos na prisão. Os detidos que querem proteção, têm de pagar. As condições não se alteram porque são iguais para todos. Mas a vida de um detido pode tornar-se mais fácil a troco de dinheiro”, explica, à SIC, um dos guardas prisionais de Westville.
“As condições lá dentro são más. Têm de dormir no chão. Mas penso que ele [João Rendeiro] deve estar a ser bem tratado porque tem dinheiro. Quem tem dinheiro, é um rei em qualquer sítio”, conclui.
Ao que a SIC apurou, João Rendeiro está numa cela com, pelo menos, outros 40 detidos, devido à sobrelotação da prisão de Westville. Tem direito a três refeições por dia, recebe visitas apenas dos advogados e sai para se apresentar em tribunal.
O processo de extradição do antigo presidente do Banco Privado Português começa a ser discutido na sexta-feira, 21 de janeiro.
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