Começou, na tarde desta quinta-feira, a discussão do programa do XXIII Governo, o terceiro liderado por António Costa. Certo é já, o chumbo da moção de rejeição que vai ser apresentada pelo Chega. A sessão plenária vai durar cerca de 10 horas, só terminando durante a tarde de amanhã. No primeiro dia de debate houve anúncios, críticas, um momento mais tenso entre bancadas e também espaço para piadas.
Foram cerca de quatro horas e meia de debate e amanhã o debate sobre o programa do Governo prossegue. No arranque da discussão, o primeiro-ministro surpreendeu com o anúncio de medidas porque, disse no seu discurso, “é imperioso atuar para proteger as famílias e as empresas dos efeitos da inflação”.
“Fomos todos surpreendidos com uma guerra na Europa, com consequências devastadoras no plano humanitário, desastrosas no plano económico e com um potencial destruidor da coesão social (…). Amanhã, mal o Governo entre em plenas funções aprovaremos um novo pacote de medidas direcionadas à contenção dos aumentos de preços dos bens energéticos e agro-alimentares, que se junta às medidas já em vigor“, anunciou António Costa.
Mas terá o chefe do Governo convencido? Da Esquerda (exceto na bancada socialista) à Direita, ouviram-se críticas, como o Bloco a acusar o Executivo de “abandonar todas as pessoas que vivem do seu salário” ao Chega que falou num “programa de propaganda e não de governação”.
Destaque ainda para um momento de tensão protagonizado pela deputada social-democrata Mónica Quintela em resposta ao socialista Marcos Perestello, que fez regressar a troika e o Governo da PàF ao Parlamento, e para uma intervenção mais leve do primeiro-ministro em resposta ao líder do PSD.
A SIC Notícias esteve a acompanhar o primeiro dia de debate ao programa do Governo. Recorde abaixo os principais momentos da discussão na Assembleia da República.