A tomada de posse do novo Governo ficou marcada pelo aviso do Presidente da República ao primeiro-ministro, que inicia um novo mandato esta quarta-feira. Marcelo Rebelo de Sousa disse a António Costa que não poderia ser substituído a meio da legislatura.
David Dinis e Bernardo Ferrão admitiram, numa análise na SIC Notícias, que a possível saída de António Costa para Bruxelas não é apenas especulação.
“É alimentada pela orgânica do Governo e o próprio primeiro-ministro já deu sinais nesse sentido”, afirmou Bernardo Ferrão.
O aviso de Marcelo Rebelo de Sousa tem em vista as eleições europeias, que se vão realizar em 2024, e das quais vão sair novos Presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu, cargo para o qual António Costa já tinha recebido um convite em 2019.
Para os diretores adjuntos do Expresso e da SIC, o marcar de posição do Presidente da República chegou na altura certa.
“Acho que o momento é o correto, marcar território, dizer ao que se vem”, defendeu Bernardo Ferrão.
David Dinis acrescentou ainda que Marcelo deixou claro que não aceita sucessores e que, em caso de saída de António Costa, vai avançar para eleições antecipadas.
Sobre o discurso de António Costa, consideram que foi muito “vago”, ao contrário do de Marcelo Rebelo de Sousa.
“Marcelo abriu espaço e António Costa deixou tudo em branco”, referiu o diretor-adjunto do Expresso.