O Presidente da República explicou esta quinta-feira o aviso que fez diretamente ao primeiro-ministro, no discurso de quarta-feira. Marcelo reiterou que “os portugueses votaram numa cara, num rosto”, pelo que não foi ele quem fez um ultimato a António Costa, mas sim o povo ao dar-lhe uma maioria absoluta.
Bernardo Ferrão diz que esta foi uma referência às declarações do Presidente do PS, Carlos César, que disse que o primeiro-ministro só estava refém do povo.
“O Presidente da República não devia entrar nesta troca de palavras.”
Na SIC Notícias, Bernardo Ferrão voltou a falar sobre o discurso de Marcelo Rebelo de Sousa, na quarta-feira, considerando que usou “palavras bastante cortantes, que não foram bem recebidas pelo PS e pelo Governo”.
Diz que não gostaram de ouvir o chefe de Estado, no dia em que o Governo tomou posse, a “acenar com a ideia de que o primeiro-ministro pode querer sair a meio do mandato”.
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