Mariana Vieira da Silva, socióloga de 43 anos, sobe a “número dois” na hierarquia do Governo e mantém a pasta da Presidência, acumulando com as áreas do Planeamento e da Administração Pública.
Já considerada como “braço-direito” do primeiro-ministro, António Costa, a governante de 43 anos é uma das mais jovens ministras do novo executivo.
Mariana Vieira da Silva integra os governos de António Costa desde 2015, tendo sido secretária de Estado Adjunta do primeiro-ministro até 2019.
Em fevereiro desse ano, na remodelação do Governo, subiu a ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, substituindo no cargo Maria Manuel Leitão Marques, que concorria então pelas listas do PS ao Parlamento Europeu.
Já no Governo que saiu das eleições legislativas do final de 2019, chegou ao núcleo central do executivo de António Costa como ministra de Estado e da Presidência.
Antes, entre 2009 e 2011 foi adjunta no gabinete do então primeiro-ministro, José Sócrates, e anteriormente trabalhou como assessora da ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues entre 2005 e 2009.
A ascensão política de Mariana Vieira da Silva tornou-se evidente em termos públicos quando António Costa a escolheu para coordenadora da moção de estratégia que apresentou no congresso dos socialistas em 2018 – um documento que defendia o caráter essencial das políticas de aumento do salário mínimo e de atração de imigrantes ao país para compensar a curto prazo a quebra de natalidade.
Membro do Secretariado Nacional do PS e colocada entre os potenciais sucessores de António Costa na liderança deste partido, Mariana Vieira da Silva foi nas últimas eleições legislativas candidata em terceiro lugar na lista socialista de candidatos a deputados pelo círculo eleitoral de Lisboa.
Antiga praticante de natação de alta competição pelo Sporting, Mariana Vieira da Silva nasceu em 1978, em Lisboa, é licenciada em Sociologia pelo ISCTE-IUL e é filha antigo ministro do Trabalho e da Segurança Social, José António Vieira da Silva.
Em termos académicos, concluiu a parte curricular do Doutoramento em Políticas Públicas, no ISCTE, encontrando-se a terminar uma dissertação sobre políticas de saúde e de educação em Portugal.
Fez parte da equipa organizadora do Fórum das Políticas Públicas, no ISCTE, e foi membro do Conselho Consultivo do Programa Gulbenkian para Cultura e Ciência, da Fundação Calouste Gulbenkian.
No plano profissional, o seu lugar de origem é na União das Mutualidades Portuguesas.
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