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Novo Governo: discussão do Orçamento será decisiva para perceber vontade de diálogo, diz PAN

Inês de Sousa Real diz que “caberá ao PS fazer o caminho” do diálogo.

Novo Governo: discussão do Orçamento será decisiva para perceber vontade de diálogo, diz PAN

A porta-voz do PAN afirmou esta quarta-feira que a discussão orçamental será decisiva para perceber se o Governo vai ser “dialogante ou nem por isso”, considerando que o programa do executivo não responde a todos os desafios atuais.

“O momento do Orçamento do Estado (OE) vai ser um momento decisivo para perceber que Governo vamos ter pela frente: se um Governo dialogante ou nem por isso”, sublinhou Inês de Sousa Real.

Pouco minutos após ter ouvido António Costa prometer uma “maioria de diálogo”, Inês de Sousa Real referiu que “terão que haver sinais concretos disso mesmo“, seja na discussão do Orçamento do Estado, seja nas reivindicações do PAN e do Livre no que se refere “aos direitos dos deputados únicos”.

“Terá que haver sinais muito concretos por parte do Governo, quer naquilo que é o quotidiano do ponto de vista legislativo, quer no Orçamento do Estado, quer nas reformas que o país tem de fazer, a começar agora pela discussão do programa do Governo e do programa de estabilidade”, vincou.

Inês de Sousa Real reforçou que “caberá ao PS fazer o caminho” do diálogo, defendendo que o “programa do Governo não vai ao encontro daquilo que são todos os desafios” que o país tem pela frente.

“O PAN já alertou que o próprio Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) não tinha fundos garantidos para a adaptação do território. Isso vai ser absolutamente fundamental”, referiu, destacando a necessidade de resposta a problemas como a “seca extrema que o país está a atravessar” ou a “atividade sísmica” que se vive na ilha de São Jorge, nos Açores.

A líder do PAN apelou a que o Executivo empossado não seja um “Governo de mera continuidade, mas acima de tudo de reforma para o país”.

Portugal tem estagnado naquele que tem sido o seu crescimento, e temos que fazer este caminho das reformas que são fundamentais, quer do ponto de vista demográfico, da Segurança Social, mas acima de tudo para quebrarmos os ciclos de pobreza que têm marcado o país e também da violência, nomeadamente contra as mulheres e da igualdade de género, e também do respeito e empatia por outros seres“, elencou.

Abordando o discurso do Presidente da República durante a cerimónia de tomada de posse, a porta-voz do PAN considerou que Marcelo Rebelo de Sousa “não poderia ter sido mais direto nas suas preocupações, quer no cumprimento deste mandato até ao fim, quer no momento difícil que o país atravessa”.

“Ouvimos, daquelas que foram as prioridades elencadas pelo primeiro-ministro, a preocupação com o combate à crise climática, com a transição digital, mas, para o PAN, é fundamental que não fique de fora desta equação — até mesmo numa perspetiva de retoma económica e, em particular, de combate às desigualdades — a garantia de autonomia energética“, frisou.

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