À saída da reunião desta segunda-feira, no Palácio de São Bento, para a apresentação da proposta do Orçamento do Estado para 2022, o PSD falou num “regresso encapotado” da austeridade quando o Governo admitiu que pode haver perda de rendimentos devido à inflação.
O PSD foi o primeiro partido a reunir-se com o Governo para conhecer as linhas gerais da sua proposta de Orçamento de Estado para este ano e Paulo Mota Pinto, em representação do partido, admitiu uma revisão em baixa do cenário macroeconómico em relação ao OE chumbado em novembro de 2021.
“O Governo não se comprometeu, não assumiu que não haverá perda de rendimentos. O Governo tem o objetivo de evitar a contaminação [da inflação] , uma espiral recessiva, compreendemos isso, embora haja um regresso encapotado de uma certa austeridade pela previsível perda de rendimentos, designadamente nos salários diretamente controlados pelo Estado”, afirmou o líder parlamentar do PSD no final da reunião.
Na manhã desta segunda-feira, também o Chega, IL, PCP, BE, PAN e Livre se reúnem com o Governo.
No dia 11 de abril realizam-se também reuniões, ao abrigo do artigo 5.º do Estatuto do Direito de Oposição, com a Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, o Ministro das Finanças, Fernando Medina, e os vários Grupos Parlamentares e Deputados Únicos Representantes de Partidos.
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