Depois de ter sido professor, deputado e ministro em quatro Governos e em diferentes pastas, Augusto Santos Silva foi eleito Presidente da Assembleia da República. Era o único nome na corrida ao lugar deixado vago por Ferro Rodrigues e arrecadou X dos 230 votos.
Nascido no Porto em agosto de 1956, Augusto Ernesto Santos Silva é casado, pai de três filhos e avô de duas netas e um neto. Doutorado em Sociologia pelo ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, em 1992, foi professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade do Porto e pró-reitor da Universidade do Porto durante um ano, entre 1998 e 1999.
Membro do Partido Socialista (PS) desde 1989, ano em que se filiou juntamente com o antigo ministro e líder parlamentar socialista Alberto Martins, estreou-se como governante no XIV Governo Constitucional, liderado por António Guterres, tendo sido primeiro secretário de Estado da Administração Educativa (1999-2000), depois como Ministro da Educação (2000-2001) e Ministro da Cultura (2001-2002). Foi depois, entre 2002 e 2005 e 2011-2015, deputado na Assembleia da República.
Entre os dois mandatos foi Ministro dos Assuntos Parlamentares no XVII Governo Constitucional, liderado por José Sócrates, e entre 2009 e 2011 ficou com a pasta da Defesa Nacional no XVIII Governo Constitucional, segundo Executivo de Sócrates.
Após um período de afastamento da vida política, que coincidiu com o período em que António José Seguro assumiu as funções de secretário-geral do PS (2011/2014), o professor universitário do Porto voltou a ser chamado para exercer uma pasta executiva de elevada centralidade no primeiro Governo liderado por António Costa.
A partir de novembro de 2015, com a chegada de António Costa ao poder foi nomeado Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros no XXI Governo Constitucional.
Antes da política, o apoio a Otelo e Eanes
Antes de assumir funções governativas, Augusto Santos Silva integrou o Conselho Nacional de Educação entre 1996 e 1999, e foi vogal da comissão do livro branco da Segurança Social.
Nos primeiros anos da democracia portuguesa, durante a sua juventude, integrou grupos de inspiração trotskista e nas primeiras eleições presidenciais, em 1976, apoiou a candidatura de Otelo Saraiva de Carvalho. Em 1980, porém, já esteve ao lado da recandidatura presidencial de António Ramalho Eanes.
Nesta sua linha de ligação às correntes católicas progressistas, apoiou em 1985, na primeira volta, a candidatura presidencial de Maria de Lurdes Pintasilgo, na primeira volta. Na segunda volta dessas eleições, votou no fundador e primeiro líder do PS, Mário Soares, que venceu Freitas do Amaral.
COM LUSA
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